Atuamos no desenvolvimento de pesquisas científicas em ambientes polares e subpolares, com o objetivo de entender os ecossistemas terrestres a partir do solo e suas áreas de interface.
Investigar, compreender e monitorar os ecossistemas terrestres da Antártica, com ênfase nos solos e no permafrost, por meio de pesquisa científica de excelência, promovendo a geração e difusão de conhecimento sobre as dinâmicas ambientais polares e seus reflexos globais. Contribuir para a formação de recursos humanos qualificados e para o fortalecimento da ciência brasileira em ambientes extremos.
Consolidar uma rede de monitoramento integrada entre hemisférios e ampliar a compreensão dos impactos das mudanças climáticas nos ambientes de alta latitude, contribuindo para estratégias globais de conservação e sustentabilidade. Ser referência internacional em pesquisa sobre ecossistemas polares, especialmente os solos antárticos e suas interações com fatores climáticos, geológicos e biológicos.
Compromisso científico, Colaboração, Inovação, Sustentabilidade, Educação e Divulgação, Resiliência e Persistência.
Somos responsáveis pela maior rede de monitoramento de temperatura e umidade do permafrost e por um dos maiores bancos de solos antárticos do mundo.
Nossas descobertas contribuem para o monitoramento das mudanças climáticas e conservação dos ecossistemas polares e subpolares.
Trabalhamos em parceria com diversos pesquisadores e instituições nacionais e internacionais.
Há mais de duas décadas, o Núcleo TERRANTAR nasceu para investigar a complexidade dos Ecossistemas Terrestres da Antártica. Formado por pesquisadores da UFV e parceiros, nosso objetivo é caracterizar as propriedades dos solos antárticos e suas relações com a paisagem, vegetação e fauna.
Somos comprometidos com a investigação pedoclimática do permafrost, a camada de solo congelado do continente. Queremos usar o permafrost como um indicador chave para entender e monitorar as mudanças climáticas que ocorrem na região polar.
O Projeto Terrantar abriga um dos maiores bancos de solos da Antártica do mundo, com mais de 2,5 mil amostras. Este acervo é valioso para prever as mudanças que os solos antárticos poderão sofrer com o aquecimento global, impactando ecossistemas terrestres e marinhos.
Iniciamos em 2002, na península Keller, Ilha Rei George e gradativamente expandimos os estudos para outras áreas livres de gelo da Antártica Marítima e Peninsular, Andes e Ártico. Ao longo dos anos aprimoramos nossas pesquisas acerca da formação dos solos desses locais e sua relação com a paisagem, fauna e flora, tornando-nos referência nacional e internacional no assunto.
Utilizamos tecnologias de ponta, como monitoramento de temperatura do solo, drones (RPA), LiDAR e radar de penetração no solo. Essas ferramentas nos ajudam a estudar a dinâmica do carbono, o recuo das geleiras e a profundidade do permafrost com alta precisão.
A Antártica é responsável por regular o clima global, por isso, um dos nossos compromissos com a ciência brasileira e com a pesquisa Antártica é prosseguir com estudos de excelência e com divulgação científica para democratizar as informações sobre o continente gelado, sobretudo em nosso país.
Acompanhe nossas atividades, descobertas e expedições mais recentes!
Equipe do projeto Permaclima realiza coletas de solo e instala novos pontos de monitoramento climático no Ártico.
Descobertas recentes revelam novas espécies de fungos na Antártica.
A 11ª edição do Ciência na Praça levou a pesquisa antártica para a comunidade.
Nossas contribuições mais recentes para a ciência antártica
Autores: Bertazzo-Silva, F.A.; Costa, A.L.; Furlan-Lopes, C.; Dávila, M.F.; Carvalho, E.L.; Putzke, J.; Schaefer, C.E.G.R.
Revista: Mycological
AcessarAutores: Veloso, T.G.R.; da Luz, J.M.R.; da Silva, M.C.S.; Souza, J.J.L.L.; Anastácio, L.M.; Machado, T.I.; de Santana, M.F.; Schaefer, C.E.G.R.; Kasuya, M.C.M.
Revista: Applied Soil Ecology
AcessarExplore as expedições, atividades e trabalhos de campo realizados por nossa equipe.
Vista panorâmica das montanhas e geleiras da Ilha Livingston, Antártica.
O Pesquisador Carlos Schaefer e sua equipe durante uma coleta de solo na Antártica.
Pesquisadores posando com a bandeira do Brasil em um dos sítios de pesquisa.
Barcos de apoio da marinha brasileira utilizados para transporte entre ilhas e bases de pesquisa, ancorados na Baia do Almirantado, Ilha Rei George.
Associação simbiótica entre um fungo (micobionte) e uma alga ou cianobactéria (fotobionte) formando o líquen Buellia sp. encontrado em rochas antárticas.
Pesquisadora Iorrana atravessando área de musgo na Antártica.
Conheça os pesquisadores dedicados ao estudo dos ecossistemas antárticos
Professor (UFRJ) e coordenador do projeto Permaclima
Professor Voluntário e Pesquisador colaborador da UFV; Professor do Instituto de Geociências da UFRJ, Titular, bolsista de Produtividade em Pesquisa nível 1A do CNPq. Possui vasta experiência na área de Pedogeomorfologia, Ambientes de Alta Montanha, Ilhas Oceânicas, Antártica e Ecologia e Conservação, atuando principalmente nos seguintes temas: Geomorfologia e Solos, Criosfera, Ecologia e Solos da Antártica, Química Ambiental, Micromorfologia de Solos, Relação Solo-Vegetação, Geoambientes de Ilhas Oceânicas Brasileiras e Solos da Amazônia.
Professor (UFV) e coordenador do projeto Terrantar
Professor Titular do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa (UFV). É coordenador do Núcleo Terrantar, de estudo dos ecossistemas terrestre da Antártica, vinculado ao INCT da Criosfera. Desde 2003 desenvolve pesquisas nas áreas livres de gelo da Antártica e dos Andes. Atua também na área de Levantamento e Mapeamento de Solos e Pedometria, com trabalhos realizados em várias regiões do Brasil e em outros países da América Latina, tem como especialidade Geotecnologias aplicadas a estudos ambientais. É representante do Brasil no Scientific Committee on Antarctic Research (SCAR).
Professor Titular (UFV)
Professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Pedometria. Atuando principalmente nos seguintes temas: Sistemas especialistas, Aptidão agrícola, Sistemas de Informações Geográficas (SIG), Machine Learning, linguagem de programação R, Sensoriamento Remoto e desenvolvimento de software. Também coordena o Laboratório de Pedometria e Geoprocessamento (LABGEO) sediado no Departamento de Solos da UFV desde 1996.
Exploramos diferentes aspectos dos ecossistemas terrestres antárticos
O Terrantar é responsável por manter a maior rede de monitoramento de temperatura e umidade do permafrost e da camada ativa na Antártica Marítima, Peninsular e Continental, Andes, Ilhas Falkland e Ártico. Objetiva-se monitorar os efeitos do aquecimento global sobre o descongelamento do permafrost e suas consequências ecológicas e ambientais. A rede conta com séries temporais de quase 20 anos e, recentemente, passou a incluir medições de CO₂ no solo.
O projeto armazena mais de 3 mil amostras de solos antárticos, andinos, das Ilhas Falkland e Groenlândia, e suas respectivas análises físico-químicas. Para o estudo da pedogênese e intemperismo, também são realizadas análises mineralógicas e de micromorfologia. As amostras provêm de estudos sobre gênese e evolução dos solos em ambientes frios, com foco nos processos, relações solo-paisagem e efeitos das mudanças ambientais em escala local e regional.
O projeto Terrantar realiza a classificação e mapeamento de solos na Antártica a partir da integração de trabalhos de campo e imagens de satélite, visando a caracterização da cobertura pedológica das áreas livres de gelo e seus ecossistemas. Recentemente o projeto tem adotado o uso de técnicas de aprendizado de máquinas e modelagem estatística, no âmbito do Mapeamento Digital de Solos, visando a predição espacial e elaboração de mapas mais precisos de classes e atributos do solo.
O Terrantar investiga como atributos físico-químicos do solo influenciam a distribuição e composição da vegetação criptogâmica na Antártica, considerando a influência de fatores como aporte biológico, umidade, salinidade e acidez. Esta abordagem contribui para compreensão dos filtros ambientais que moldam a biodiversidade e permite interpretar respostas ecológicas frente às mudanças climáticas, fornecendo subsídios para modelos preditivos em ambientes periglaciais.
São aplicados métodos fitossociológicos para investigação da diversidade e composição de comunidades vegetais nas áreas livres de gelo, com a identificação de espécies dominantes, frequência e cobertura de grupamentos florísticos e análise dos processos ecológicos relacionados. Também são realizados mapeamentos destas comunidades, o que permite a identificação de zonas ecologicamente sensíveis e mudanças temporais e contribui para o monitoramento ambiental.
Investigações da microbiota do solo também são realizadas nas áreas livres de gelo da Antártica, com destaque para as zonas de recuo glacial recente, avaliando-se como comunidades microbianas se estruturam ao longo de solos com diferentes idades. Com base em análises moleculares e físico-químicas, o Terrantar contribui para a compreensão da sucessão microbiana e os fatores ambientais que moldam a biodiversidade em ambientes polares em transformação.
O Terrantar investiga a influência da fauna marinha, com destaque para pinguins, na formação de solos ornitogênicos. Os estudos são conduzidos em pinguineiras ativas e abandonadas, com foco nas alterações resultantes da deposição de guano. Também são avaliados os efeitos de outras aves e de mamíferos marinhos, contribuindo para a compreensão do papel da fauna na ciclagem biogeoquímica e fertilização dos ecossistemas costeiros polares e subpolares.
Pesquisas com foco no mapeamento geomorfológico dos ambientes periglaciais de grandes latitudes e altitudes, enfatizando a relação entre solos e feições do relevo. Os estudos são realizados através de trabalhos de campo integrados à técnicas de sensoriamento remoto, geoprocessamento, levantamentos com laser scanner e fotogrametria de alta resolução, sendo importantes para compreensão dos processos morfodinâmicos atuantes nas áreas livres de gelo.
Também são realizados aerolevantamentos com drones nas áreas estudadas, com mais de 6 mil ha imageados em alta resolução pelo Terrantar na Antártica Marítima e Peninsular. Além de câmeras RGB, o projeto utiliza sensores termais e de infravermelho próximo para o monitoramento preciso das mudanças ambientais em curso nas áreas livres de gelo, detectando alterações sutis na cobertura vegetal e outras superfícies, como campos de neve e lagos.
O Terrantar realiza estudos sobre a quantificação do estoque de carbono, composição da matéria orgânica e taxas de respiração microbiana, com atenção especial à emissão de CO₂, CH₄ e N2O do solo como uma das principais respostas ao descongelamento do permafrost. Também pesquisa os diferentes papéis dos solos árticos e antárticos na dinâmica do carbono frente às mudanças climáticas, lançando mão de predições futuras do estoque de carbono do solo.
O Terrantar aplica técnicas de sensoriamento remoto com imagens de satélite e de radar, combinadas com métodos de classificação automática, para avaliação da retração de geleiras na Antártica e nos Andes. As áreas deglaciadas são investigadas quanto ao potencial para formação e evolução de solos, expansão e colonização da vegetação e transformações geomórficas associadas ao recuo das geleiras e exposição de novas superfícies.
Como técnica não destrutiva e de rápida aplicação em campo, o Terrantar emprega sensores como suscetibilímetros, gama espectrorradiômetros, georradar e resistivímetros. Estes instrumentos são alternativas às medições convencionais e fornecem dados relacionados à propriedades físicas do solo, contribuindo para a caracterização da pedogênese, da estrutura interna do solo e das influências litológicas nos ambientes extremos estudados pelo projeto.
O Terrantar emprega a espectrorradiometria para a caracterização dos solos antárticos e construção de uma biblioteca espectral de Criossolos e outros solos típicos da Antártica. A iniciativa visa explorar a resposta espectral para a predição de atributos físicos e químicos do solo, como uma alternativa eficiente e mais sustentável às análises laboratoriais. É prevista a ampliação desta abordagem para outras regiões abrangidas pelo projeto.
O Terrantar investiga a evolução da paisagem polar por meio de estudos geocronológicos e pedológicos em ambientes periglaciais. Com base em datações radiométricas e análises de solos antigos, identifica sinais de acumulação de matéria orgânica e formação pedológica anteriores ao último máximo glacial. Estes registros contribuem para reconstruções paleoambientais e o entendimento das transformações do solo ao longo dos últimos milhares de anos.
Uma das linhas de pesquisa do Terrantar investiga a contaminação por microplásticos em ambientes terrestres da Antártica, avaliando sua concentração nos setores costeiros das áreas livres de gelo e seus efeitos sobre as propriedades físico-químicas dos solos. As possíveis fontes incluem atividades humanas e transporte atmosférico, cuja compreensão é crucial para avaliação dos impactos sobre a fauna, flora e saúde dos solos antárticos.
A geoquímica dos solos e de corpos hídricos é investigada pelo projeto para compreensão da dinâmica e mobilidade de elementos químicos, incluindo metais pesados e terras raras, como subsídio à avaliação de processos como adsorção, lixiviação e intemperismo. Os estudos consideram fatores como geologia, influência ornitogênica e fontes antrópicas, com foco em possíveis contaminações nas áreas adjacentes às estações científicas situadas na Antártica.
O Terrantar realiza levantamentos topográficos de alta resolução em áreas livres de gelo, empregando técnicas LiDAR terrestre e aerotransportado. A base de dados gerada permite o acompanhamento de mudanças geomórficas, retração de geleiras e campos de neve, além da avaliação de estruturas naturais e antrópicas. O projeto dispõe de um modelo topográfico detalhado de toda a Península Keller, que pode ser usado para estudos ambientais e geodinâmicos.
O Terrantar colabora com pesquisas em micologia, englobando a taxonomia e identificação de novas espécies de fungos na Antártica a partir de análises morfológicas e filogenéticas, contribuindo assim para o conhecimento da biodiversidade fúngica em ambientes polares. Também investiga o efeito das mudanças climáticas sobre a distribuição dos fungos no continente antártico, bem como possíveis aplicações biotecnológicas destes organismos.
Nossas pesquisas são viabilizadas através do apoio de diferentes instituições
Fomento
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Fomento
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Fomento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
Coordenação Nacional
Programa Antártico Brasileiro
Coordenação Nacional
Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar
Apoio logístico
Apoio Logístico e Operacional para Pesquisas Antárticas
Parceria Científica
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera
Parceria Científica
ministério responsável pelo fomento à ciência e tecnologia no Brasil
Colaboramos ativamente com pesquisadores e instituições nacionais e internacionais, visando o fortalecimento da pesquisa polar, subpolar e da preservação ambiental.